***bryan ferry*superando***

diretamente da garagem da trilha sonora da minha vida, em verdade vos digo:

melhor que dylan cantando dylan, só ferry cantando dylan.

dylanesque, o tributo de bryan ferry a bob dylan, é simples e absolutamente (adoro essa palavra tão abrangente) perfeito.
pra não alongar, antes do alongar inevitável, não dá pra permanecer imóvel, sem cantarolar todas ... todas as canções.
inesgotável é o prazer a cada uma delas.
a voz de travesseiro de plumas de ganso inglês de bryan ferry,

aquele súdito da rainha da roxy music que,

em alguns momentos, dá uma subida até roy orbison,

está ainda mais envolvente, mais abraçadora,

mais preenchendo todos os cantos da sala.
é o vinho que envelheceu com dignidade, sabedoria e competência.
pela primeira vez, bryan ferry dedica um album inteiro a um só artista.
na banda que o acompanha tem paul carrack que, no século passado, mais precisamente na década de 80 formou com mike rutherford, baixista do genesis, a banda pop “mike & the mechanics” de relativo sucesso.
bferry compensou sua fraqueza ... rs ... pop romântico,
com arranjos do blues, da música country e do puro rock'n roll.
o veterano guitarrista de estúdio, o britânico chris spedding,
com seu estilo clássico influenciado pelo rockabilly,
coloriu a maior parte das faixas.

alongando ...
o vocalista da roxy music dos anos 70 e cantor romântico nos 80, brian ferry, desvenda em 2007,
uma faceta inesperada parindo este disco feito apenas de composições primorosamente escolhidas nos baus dos anos 60, a melhor fase de bob dylan.


cutuca aqui ... tem bryan ferry dylanesqueando all along the watchtower