
cena do filme o dia do perdão, realizado em 2000, sobre as memórias do diretor amos gitai na guerra de yom kippur (1973).
VVV
um ato de mccarthismo, como nos negros anos pós-II guerra nos eua, está sendo cometido contra amos gitai, diretor israelense, um dos meus preferidos de todas as mostras internacionais de cinema de são paulo.
li no jornal da mostra internacional de cinema, que a autoridade de radiodifusão de israel, deu pra trás, e não vai mais apoiar, financeiramente, o mais recente longa metragem do diretor, disengagement, alegando que ele não é um diretor israelense.
gitai não deixou tamanha arbitrariedade sem resposta e pediu, aos membros do comitê, que pergutassem, lá na síria, qual sua real nacionalidade. na guerra do yom kippur, amos gitai era soldado israelense, e sofreu ferimentos de tiros que recebeu dos soldados sírios.
no período da guerra fria, pós-45, enquanto era intensificada a disputa entre a urss e eua, para saber quem mandava mais no resto do mundo, os eua apareceram com essa novidade: o medo contra a ameaça vermelha, contra o comunismo, o medo contra os comedores oficiais de criancinhas inocentes.
a sociedade americana ficou em polvoroza demonstrando o mesmo pânico que é manifestado, hoje em dia, contra o terrorismo.
a coisa recebeu o nome de mccarthismo, pois, foi criada pela real ameaça ao sossego público chamada, senador joseph mccarthy (1908-1957).
foi ele quem criou o movimento, que se caracterizou pela perseguição a pessoas suspeitas de serem simpatizantes do partido comunista, ou seja, a caça às bruxas, como ficou conhecida a invenção do tal senador republicano atingiu, mormente, os meios intelectuais e artísticos dos eua.
depois dessa hecatombe cultural, onde alguns intelecutais americanos sentiam-se à vontade para denunciar seus próprios colegas da classe, com o intuito de estar bem na fita do senador, qualquer arbitrariedade contra a cultura ou contra outro seguimento de qualquer sociedade, passou a ser um ato comparado ao mccarthismo.
o desenhista/cineasta preferido de 11 entre 10 criancinhas do planeta, walt disney, foi um dos dedos-duros de plantão, mais cobiçados pelo senador devorador de almas.
o novo filme de amos gitai, estrelado por juliette binoche, vai abrir o festival de cinema de haifa, cidade natal do diretor.
o pior preconceito provém das semelhanças.
ó raios ... será o benedito?!?!?!
VVV
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